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Aulas de português unem refugiados em nova vida no Brasil

A sintonia entre o ganês Salam Abdallah e a pronúncia da palavra “farofa” não foi imediata. Mas depois da terceira tentativa, ele conseguiu dizer o nome do prato típico do País onde vive há mais de um ano.
Salam é um dos estrangeiros refugiados, que tentam obter o refúgio formal no Brasil ou estão em situação de imigração especial, caso dos haitianos, que frequentam o curso “Proacolher: Português como língua de acolhimento em contexto de imigração e refúgio”.

As aulas são oferecidas pela Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refúgio (Acnur) e são realizadas três vezes por semana, durante dois meses.
Dominar a língua portuguesa, contudo, não é único objetivo do curso. Durante as aulas, bem-humoradas, os alunos também tentam entender a realidade e a cultura brasileiras.
A abordagem utilizada é o que outra docente do curso, a paulista Lígia Sene, chama de “letramento social”. “Não é uma aula puramente gramatical”, afirma. Ela ressalta que o curso é frequentado atualmente por pessoas do Congo, Egito, Gana, Síria e Paquistão, entre outras nacionalidades.
A coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Português para Estrangeiros (NEPPE) da UnB, Lucia Maria de Assunçao Barbosa, explica que são dois “módulos de acolhimento” com 60 horas de aulas cada um. “A maioria dos alunos são homens”, observa.
O refúgio permanente ainda é aguardado pela maioria dos cerca de 40 estudantes. O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) é o orgão que decide quem se enquadra no perfil exigido pela Lei nº 9.474, de 1997, que trata dos refugiados.
A legislação define como refugiado quem sofre perseguição em seu país de origem por questões relacionadas à raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. A lei também considera como refugiado aqueles que precisaram fugir em função de violações aos direitos humanos, como é o caso dos sírios.

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