Em conversa a portas fechadas em 26 de agosto sobre o País e o governo, Jair Bolsonaro comentou: “Eu vou embora do Brasil”. Quem o ouvia quis entender o que ia por sua cabeça: “Vai levar quem?”A resposta foi uma daquelas homofobias presidenciais: “Sou hétero, só minha mulher”. O interlocutor saiu com a impressão de que Bolsonaro já assimila a ideia de não terminar o mandato. Na véspera, Eduardo Bolsonaro havia tuitado sobre a necessidade de o pai usar a web para enfrentar jornalistas, os quais retratariam o presidente como igual a antecessores. “Quando as pessoas forem hipnotizadas para ter este pensamento será o fim. Sairá o único presidente eleito sem amarras, capaz de mudar o sistema, e entrará um bundão a servir este establishment ”, escreveu o deputado. Por “bundão”, presume-se que se referia ao vice-presidente. Hamilton Mourão foi personagem em Brasília quando, entre o fim de março e o início de abril, figurões discutiam se o País aguentaria quatro anos de Bolsonaro.
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