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Soltura de Lula repercute entre jornais e líderes internacionais

Ex-presidente foi solto após STF adotar posição contrária à prisão em 2ª instância


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução/PT
A soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira 8, teve ampla repercussão na imprensa internacional. O petista foi liberado após pedido do juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) adotada na quinta-feira 7, que permite prisão-pena somente após o trânsito em julgado.
Na América do Sul, o jornal argentino Clarín destacou, em sua página inicial na internet, a manchete “Lula da Silva foi liberado após 580 dias preso por corrupção”. O jornal publicou que “o líder histórico da esquerda saiu sorridente da sede da Polícia Federal e foi rodeado de uma multidão de partidários que o aclamava”.
A libertação de Lula também foi destaque nas emissoras televisivas NTN 24 TVN, no Chile. A CNN chilena dedicou maior parte de sua página inicial aos protestos no país, mas noticiou logo abaixo: “Lula da Silva sai da prisão após autorização da justiça brasileira”.
A emissora venezuelana Telesur destacou em sua manchete uma declaração dada após saída da penitenciária: “Lula da Silva sai em liberdade após 580 dias de prisão: não encarceraram um homem, e sim, uma ideia”. O site do veículo divulgou foto da filha de Lula, Lurian da Silva, que comemora em Curitiba (PR) a soltura do petista.
A libertação de Lula também foi destaque na Europa, como no britânico The Guardian (“Ex-presidente do Brasil Lula sai da prisão após decisão da Suprema Corte”), no espanhol El País, “Ex-presidente do Brasil Lula da Silva sai da prisão após ordem de juiz”) e no francês Le Monde (“Ex-presidente brasileiro Lula é libertado da prisão após mais de um ano e meio preso”).
O americano The News York Times publicou, em sua editoria “Mundo”, uma foto em que o petista segura uma bandeira com os dizeres “Lula é inocente”. O jornal destacou que a soltura de Lula pode acirrar a polarização com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), pois será um “rival de esquerda” às políticas de extrema-direita do Palácio do Planalto.
A emissora russa Russia Today deu destaque em sua página inicial para declaração de Lula: “Não pensei que hoje poderia estar aqui falando”, com chamada para um vídeo. A iraniana HispanTV divulgou foto de Lula com os petistas Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, com trecho do discurso do ex-presidente, em que critica o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Líderes internacionais se pronunciam

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi um dos primeiros a se pronunciar após a soltura de Lula. “É uma notícia para o coração do povo”, disse Maduro, em discurso no Palácio de Miraflores. O chefe de Estado venezuelano lembrou que Lula, junto com o ex-presidente Hugo Chávez e o argentino Nestor Kirchner, foram os “propulsores da integração na América Latina”.
O presidente eleito na Argentina, Alberto Fernández, publicou em sua conta no Twitter que se comove com “a força de Lula para enfrentar a perseguição de um processo judicial arbitrário ao qual foi submetido”. Sua vice, Cristina Kirchner, comemorou nas redes sociais e escreveu que Lula é vítima de uma das “maiores aberrações do lawfare na América Latina”.

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