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No Rio Olímpico, faltam professores nas escolas!


Num momento em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, aparece em diferentes mídias fazendo propaganda do seu governo, principalmente da rede municipal de ensino, cabem alguns esclarecimentos.

Embora a propaganda mostre uma rede de ensino perfeita, já estamos em março e muitas escolas ainda não possuem seu quadro de profissionais completo. Em algumas unidades da área da Regional VI, faltam 5, 7 até 9 professores, além de pessoal de limpeza! Um EDI está funcionando com apenas 3 professores!! Turmas inteiras ainda não iniciaram o ano letivo, comprometendo, inclusive, os 200 dias ou 800 horas anuais exigidas pela legislação. As direções são “convidadas” a “dar um jeito” e algumas lançam mão de soluções que precarizam ainda mais a qualidade e as condições de trabalho, como atender as turmas em horário reduzido (temos professores dando aula para até 3 turmas de Ed. Infantil!!) e transferir professores de sala de leitura e da própria equipe de direção para o atendimento às turmas. Na Educação Inclusiva, não houve liberação de verba para garantir o trabalho de monitoria dos estagiários que atendem os alunos com diferentes necessidades, nas turmas regulares. Desta forma, esses alunos estão sem o acompanhamento necessário para um real trabalho de inclusão, num total descumprimento da legislação.

Na propaganda, Eduardo Paes afirma que todas as salas de aula estão climatizadas. Talvez a maioria das
escolas já tenham os aparelhos de ar condicionado, mas boa parte deles ainda não funciona por problemas estruturais na rede elétrica das unidades, o que implica numa espera interminável pelos técnicos da light que, num futuro imprevisível, viabilizarão, um dia, a instalação e o funcionamento dos referidos aparelhos. Enquanto esse dia não chega, o calor insuportável das salas de aula continua comprometendo o bem estar e a capacidade de concentração de alunos e professores.

Muito ao contrário do que aparece na propaganda, os profissionais da rede municipal de ensino vivem, a cada dia, uma rotina sofrida e tortuosa. O prefeito que aparece na tela, próximo e sorridente, não recebe a categoria, representada por seu sindicato, desde 2013. Não há sensibilidade por parte da prefeitura em abrir um canal de comunicação com seus educadores, que muito teriam a contribuir, pelos problemas que enfrentam no cotidiano das escolas, para uma melhoria real e concreta das práticas e processos dentro da rede. 

fonte: seperegional6

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