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Após prender principal adversário na disputa eleitoral, Moro aceita ser ministro de Bolsonaro

O juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, aceitou o convite e será o superministro da Justiça e Segurança Pública (as pastas foram unificadas) do governo de Jair Bolsonaro. Ele se encontrou hoje com o presidente eleito para formalizar sua adesão à política e ao ministério.
Em 2016, o magistrado afirmou que jamais entraria na política, uma forma de responder às críticas de que estaria sendo parcial na condução da Lava jato e, especialmente, no processo contra Lula.
A Folha de S. Paulo publicou editorial em que afirma que a decisão do juiz deve afetar sua isenção na operação Lava Jato. Para juristas, Moro, ao virar ministro, escancara a politização indevida do Judiciário.
Em nota à imprensa, o magistrado afirmou que lamenta deixar 22 anos de magistratura mas que o faz por "um bem maior". Disse que se afasta "desde logo" das audiências da operação Lava Jato e que a força tarefa será tocada pelos juízes locais.
Sobre a falta de isenção do magistrado e a politização da operação Lava Jato, sob o comando de Moro, vale relembrar: 
1. Moro ordena condução coercitiva de Lula sem solicitar o depoimento voluntário do mesmo, que nunca tinha se negado a prestar esclarecimentos à Justiça. A atitude é criticada por todo alto escalão do Judiciário. Moro também fez grampos ilegais da então presidenta Dilma Rousseff e divulgou à imprensa - foi muito criticado mas nunca punido. 
2. Em apenas 1 ano, todo o processo de Lula é julgado em primeira instância (por Moro) e segunda instância (pelos 3 desembargadores do TRF-4). Os 3 do TRF-4 "analisam" as mais de 10.000 páginas do processo em menos de 1 semana. 
3.Moro condena Lula sem apresentar provas.
4. Moro prende Lula em abril.
5. Com Lula preso, o seu processo assume outro ritmo e passa a tramitar de forma extremamente lenta, levando mais de 6 meses apenas para sair do TRF-4 e subir para o STJ para análise de recurso.
6. Moro, de férias, ultrapassa sua competência para impedir ordem de um desembargador para que Lula seja solto.
7. General Mourão revela que Moro foi convidado para ser ministro durante o primeiro turno.
8. Dias antes do primeiro turno das eleições, Moro divulga trechos da delação premiada de Palocci contra Lula e o PT;
fonte: Portal CTB

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